quarta-feira, 4 de setembro de 2013

"Jean-Michel Charlier, Un réacteur sous la plume"

Capa.



N. C.: Página de guarda: caricatura de Jean-Michel 
Charlier feita por Albert Uderzo.





Jean-Michel
CHARLIER




GUY VIDAL


Jean-Michel
CHARLIER
Un réacteur sous la plume



UN RÉACTEUR SOUS LA PLUME
É EDITADO À OCASIÃO DA
EXPOSIÇÃO CONSAGRADA A
JEAN-MICHEL CHARLIER

PRODUÇÃO

SALON INTERNATIONAL DE LA BANDE
DESSINÉE ANGOULÊME

MUSÉE DE L’AIR ET DE L’ESPACE
AÉROPORT DU BOURGET

COM A PARTICIPAÇÃO DO
CENTRE NATIONAL DE LA BANDE
DESSINÉE ET DE L’IMAGE



DIREÇÃO ARTISTÍCA
CLAUDE GEMIGNANI

MAQUETE
GILLES PIET



© DARGAUD ÉDITEUR 1995

Todos os direitos de tradução, de reprodução e de adaptação estritamente
Reservados para todos os países.

Depósito legal: Janeiro 1995

Impresso na França – Publiphotoffset 93500 Pantin – em janeiro 1995


Printed in France




Jean-Michel Charlier e sua companheira de combate, 
sua máquina de escrever. N. C: Página 5.


Trechos do livro:

Atenção! Quem o viu? Onde está Charlier?

Sobre a pista "aviação", "à la poursuite du soleil” (1) (título de uma história em "Pilote") ou em Dijon, ao lado de Joseph Gillain, sobre os roteiros de "Les Chevaliers du ciel"?

Sobre a pista "Historie" (e aventuras!), mantendo a pose ao lado de seu tímido velho cúmplice Victor Hubinon?

Sobre a pista "jornalística", se debruçando sobre o destino de Stavisky, de John F. Kennedy ou de um "pitoresco" crime de Al Capone?

Sobre a pista "western", que o conduzisse a Forte Navajo e, mais longe ainda, rumo ao México e à entrevista de uma das (numerosas) viúvas de Pancho Villa?


Jean-Michel Charlier em uma seção de autógrafos e dedicatórias. N. C.: Página 6.


No alto: desenho de Jijé, nos bastidores de um programa consagrado a 
Barbe Rouge. No centro: Christine e Jean-Michel Charlier. Embaixo: um 
certo número de personagens de Charlier, reunidos em seu leito, por 
Colin Wilson. N. C.: “Get well soon!”: “Fique bem logo!”. Página 7.


Esse magro estudante, sentado diante o retrato do Rei Leopoldo, da Bélgica, 
sim, é nosso herói aos dezesseis anos. N. C.: Página 10.


Aos cinco anos, Jean-Michel Charlier descobriu as suas primeiras histórias em quadrinhos, aquelas de Hergé em "Le Petit Vingtième", aquelas de Alain Saint-Ogan em "Dimanche Illustré" e depois aquelas de um autor lituano, Alek Stonkus.


À esquerda: Extrato de um de seus cadernos, uma de suas primeiras 
histórias em quadrinhos. Tudo é dele: textos, desenhos e aplicação 
das cores. À direita, no alto: Um de seus desenhos de humor datado 
de 1944. À direita, embaixo: Pitche, de Alex Stonkus, umde seus 
heróis preferidos. Nessa época, nos escoteiros, ele é... “Campagnol 
Humoristique” (N. C.: “Rato Humorístico”). N. C.: Página 11.


Victor 
Hubinon, 
parceiro de 
Charlier. 
N. C.: 
Pág. 14.
Jean-Michel, à época quando ele foi contratado pela Sabena, 
sorrindo diante de seu equipamento. N. C.: Página 15.


Goscinyy, Sempé, Uderzo com, na extrema esquerda, Charlier, quando 
da visita, a Paris, de um de seus “clientes” africanos. N. C.: Página 16.


Uma capa de “Jean Valhardi”, 
Eddy Paape. N. C.: Página 17.


“La Patrouille des Castors”, de Mitacq. N. C.: Página 17.


Um (muito) belo encontro de galhofeiros dos anos 1960: da esquerda para a direita: um produtor de 
rádio, sem dúvida, em seguida Sempé, Goscinny e Uderzo; e Charlier, de perfil. N. C.: Páginas 18 e 19.


“Clairette” (cujo namorado se chama Jacques Le 
Gall!), após a página dupla em "Supplément 
Illustré" nº 0, 1956, verá a luz em “Paris 
Flirt”, em 1957. N. C.: Página 20.


“Marc Laurent” em “Supplément Illustré”. N. C.: Página 20.


Oriundo de uma maquete daquilo que se tornará “Pilote”, “Les 
Pirates des Caraïbes”, montagem (anunciando “Barbe Rouge”), a 
partir de desenhos de Claude-Henri Juillard, em “Zorro”. N. C.: Página 21.


“La Véritable histoire de D’Artagnan”. N. C.: Página 21.

“Jim Flokers”, de Uderzo. 
N.C.: Página 21.


A “falsa” equipe “Pilote” figurante em um número “0”. N. C.: Da esquerda para a direita: primeira fila: Lucien Barnier, Guy Montassut, Bob Gigi, René Goscinny, Juan Hebrard, Albert Uderzo e Henri Dimpre; segunda fila: Lucien Nortier, Christian Gaty, Raymond Joly, François Clauteaux, Roger Bourgeon e Félix Lévitan; terceira fila: J.-M. Charlier, Christian Godard, Francis Boucrot, Remo Forlani, Murtin e Bucchanieri; quarta fila: Marcel Fort, Dagues, Pierre Véry, François Chatelard, Luc Michel e Jean-Michel Fégy. N. C.: Página 24.

Quando a revista “Pilote” tenta 
se meter “no vento yé-yé”.
N. C.: iê-iê-iê. Páginas 24 e 25.

“Barbe Rouge” sonorizado. N. C.: Página 25.


“Les Démons des Caraïbes”, uma série em 
cuja o gosto pela aventura de Charlier e Hubinon 
explode em todas as páginas. N. C.: Página 27.


""Os Bons Companheiros": Jean-Michel Charlier, René Goscinny e Albert Uderzo.


Os três bons companheiros, Albert Uderzo, Jean-Michel Charlier 
René Goscinny (fotografia: Uderzo). N. C.: Página 28.


Jean-Michel Charlier e Jean Giraud. N. C.: Página 29.


Blueberry se lança sobre a pista. N. C.: Prancha 1, quadrinho 1,
 “Le Spectre aux balles d’or”, Charlier e Giraud, 1972. Página 29.


Em 29 de outubro de 1959, "Pilote" ultrapassou os 300 mil exemplares, alcançando a liderança em vendas. A primeira aparição de Blueberry foi nesse semanal, com a história "Fort Navajo", capa do número 210, de 31 de outubro de 1963 – N. C.: “Pilote. Le magazine des jeunes de l’an 2.000” ("Pilote. A Revista dos Jovens do Ano 2000").


A primeira aparição de Blueberry em uma revista “Pilote”. N. C.: Página 30.


Com Jijé, Giraud e Hubinon, Jean-Michel instalou as diversas "juventudes" de seus heróis – "La Jeunesse de Tanguy et Laverdure", "La Jeunesse de Blueberry", aquela de "Barbe Rouge".

Jean-Michel Charlier era apaixonado pela aviação, mas a sua companheira de combate foi a máquina de escrever. Entre os seus amigos das "bandes dessinées" estavam Albert Uderzo e René Goscinny, criadores de "Astérix", que trabalharam com ele, assim como Joseph Gillain, dito Jijé, e Victor Hubinon. Com Charlier estrearam os desenhistas Eddy Paape, Gérald Forton, Mitacq e Raymond Poïvet. O mais famoso artista que fez parceria com o escritor belga foi Jean Giraud, recomendado a Charlier por Jijé, de cujo Giraud era um jovem assistente.


Uma fotografia da cumplicidade entre 
Charlier e Uderzo. N. C.: Página 30.


Christian Marin e Jacques Santi viveram nas telas Laverdure e Tanguy, os protagonistas da série "Les Chevaliers du Ciel" (N. C.: Os Cavaleiros do Céu). O cantor Johnny Hallyday é o intérprete da canção "Le ciel nous fait rever" (N. C.: "O céu nos faz sonhar") tema dos filmes baseados na consagrada bande dessinée.


“Les Chevaliers du ciel”, Christian Marin (Laverdure) 
e Jacques Santin (Tanguy). N. C.: Página 31.


Algumas de suas crianças de papel: Buck Danny, Belloy, Surcouf, Tiger Joe, Valhardi, Kim Devil, La Patrouille des Castors, André Lefort, Marc Dacier, Barbe Rouge, Tanguy et Laverdure, Jacques Le Gall, Guy Lebleu, Blueberry, Les Gringos, Jim Cutlass, Michel Brazier... E do seu casamento, com Christine, nasceu Philippe.


N. C.: No alto: Jean-Michel Charlier e seu sanduíche, visto por Greg. 
No centro: seção de autógrafos e dedicatórias. Embaixo: 
Johnny Hallyday canta “Les Chevaliers du ciel”. Página 32.


Jean Giraud e Jean-Michel Charlier. N.C.: Página 34.


Um extrato de “La Jeunesse de Blueberry. N. C.: Prancha 1, 
quadrinho 1, primeiro volume da série "La Jeunesse de 
Blueberry" (“A Juventude de Blueberry”). Página 34.


Durante as suas atividades televisivas, ele entrevistou o filho do Xá do Irã; e também foi desenhista de quadrinhos nos anos 50: série Buck Danny. Um de seus personagens  preferidos foi "Pitche", de Alek Stonkus. Jean-Michel foi engajado, em 1951, para a SABENA – Societé Anonyme Belge d’Exploitation de la Navigation Aérienne – onde se tornou piloto.


O número 300 de “Pilote” (capa de Eddy Paape). N. C.: Página 37.


Charlier indicou o talento de um jovem desenhista neozelandês, Colin Wilson, para fazer "La Jeunesse de Blueberry", uma série inteira à parte. Criou, na pista do sucesso de Blueberry, "Jim Cutlass", desenhado por Giraud, em um especial western de "Pilote". O último roteiro para o Tenente Blueberry foi "Arizona Love" – concluído por Giraud.

As histórias de Blueberry, escritas por Charlier, possuem em média 46 páginas, exceto "Le général Tête Jaune" com 48, "Le Spectre aux balles d’or" com 52, "Ballade pour um cercueil" com 62, "Arizona Love" com 56, e aquelas curtas que compõem os três primeiros álbuns de "La Jeunesse de Blueberry".  Em "Ballade pour un cercueil", foi publicada a biografia de Mike Steve Donovan, com fotografias do famoso tenente do exército americano, ou seja, o verdadeiro, uma lenda autêntica do Oeste.

Charlier lançou e aperfeiçoou, de maneira espetacular, ao menos para a França e a televisão, aquilo que alguém chamará de "jornalismo de investigação". Suas transmissões ("Dossiers noirs" no FR3 e "Grandes Enquêtes" para TF1) serão modelos para o gênero. Longos esboços preliminares, documentos raríssimos, entrevistas esquadrinhadoras, testemunhos chocantes. Assuntos apresentados: o assassinato de Kennedy, o assassinato de Martin Luther King, a guerra em Katanga, a Revolução Mexicana, Stavisky, Hoover e o FBI, Léon Degrelle, a Máfia, a história secreta do petróleo, Eva Braun, a espionagem...


Jean-Michel Charlier e a televisão. N. C.: Página 40.


“Stavisky, les secrets du scandale”,
 um dos livros escritos por 
Charlier para “Les dossiers noirs”.
N. C.: Página 41.
“Jim Cutlass” nasceu, animado por Jean 
Giraud, em um especial western da revista 
“Pilote”. N. C.: Extrato do volume 
"Mississippi River". Página 43.


O destino de “Buck Danny” foi confiado, 
por Charlier, a Francis Bergése. 
N. C.: Página 43.
“Blueberry”. N. C.: Chihuahua 
Pearl e Mike Blueberry na 
capa do álbum “Arizona 
Love”. Página 44.




“Les Gringos” (desenho de La Fuente). N. C.: Pete & Chett 
na contracapa do volume 5, “Viva Nez Cassé”. Página 44.


Jean-Michel Charlier nasceu em Liège, Bélgica, em 30 de outubro de 1924 e faleceu em Paris, França, em 10 de julho de 1989.


"Eu me defino simplesmente como um contador de histórias! Existem contadores árabes de histórias, os contadores de histórias nos saraus, aqueles que fazem os estilos definidos e que alguém pagaria para contar as histórias que os povos ouvem religiosamente. É exatamente como isso que eu me considero..."

Jean-Michel Charlier


N. C.: 1) “À la poursuite du soleil” é a décima história da série “Marc Dacier” de Jean-Michel Charlier e Eddy Paape. À la poursuite du soleil: na perseguição do sol.


BIBLIOGRAFIA DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS ESCRITAS POR JEAN-MICHEL CHARLIER

N.C.: Resumo da bibliografia publicada no livro: os títulos dos álbuns não são citados, à exceção daqueles das séries “Blueberry” e “La Jeunesse de Blueberry”.

L’AGONIE DU BISMARK
Desenhos: Victor Hubinon e Jean-Michel Charlier.
16 pranchas publicadas em "Spirou", em 1946, e no álbum "Tout Buck Danny", volume 1, Ed. Dupuis.

BUCK DANNY
Desenhos: Victor Hubinon.
Publicado em "Spirou", de 1947 a 1978, e em álbuns das Éditions Dupuis.
Desenhos Francis Bergèse.
Álbuns Novedi, depois Dupuis, 1983-1988.
N.C.: 45 títulos publicados até Jacques de Douhet assumir o roteiro.

JOE LA TORNADE
Desenhos: Jean-Michel Charlier e Victor Hubinon, depois Albert Weinberg.
59 pranchas publicadas em "Bimbo", de 1948 a 1949.

TARAWA, ATOLL SANGLANT
Desenhos: Victor Hubinon com a participação de Jean-Michel Charlier, Albert Weinberg e Eddy Paape.
60 pranchas publicadas em "Le Moustique", de 1948 a 1949. Reedição em um só volume ("edição integral" revisada em 82 pranchas): álbuns Dupuis, em abril de 1993.

SURCOUF
Desenhos: Victor Hubinon com a participação de Jean-Michel Charlier e Eddy Paape.
134 pranchas publicadas em "Spirou", de 1949 a 1952. Álbuns Dupuis. Reedição em um só volume, em fevereiro de 1991, na coleção "Figures de proue".

BELLOY
Desenhos: Albert Uderzo.
Publicado em "Wallonie", de 1950 a 1951, depois em "Pistolin", de 1957 a 1958. Álbuns Deligne e Lefrancq.

TIGER JOE
Desenhos: Victor Hubinon assistido por Eddy Paape.
Publicado em "La Libre Junior", de 1950 a 1953. Álbuns Lefrancq.

FANFAN ET POLO
Desenhos: Dino Attanasio.
Publicado em "La Libre Junior", de 1950 a 1952.

L'ONCLE PAUL
26 histórias completas de 4 páginas ilustradas por Eddy Paape, René Follet, Hope, Jean Graton, Dino Attanasio, Mitacq e Francisco Hidalgo.
Publicado em "Spirou", de 1951 a 1954. Reeditado em álbuns pela Dupuis.

JEAN VALHARDI
Desenhos: Eddy Paape.
Publicado em "Spirou", de 1951 a 1954. Álbuns Dupuis.
Desenhos Jijé.
Publicado em "Spirou", 1957. Álbuns Dupuis. "Le gang du diamant" - 44 pranchas -, esse álbum foi reeditado na coleção "Tout Jijé" (1957-1958).

ALAIN ET CHRISTINE
Desenhos: Martial.
Publicado em "La Libre Junior", de 1953 a 1957.

KIM DEVIL
Desenhos: Gérald Forton.
Publicado em "Spirou", de 1953 a 1956. Álbuns Dupuis.

LA PATROUILLE DES CASTORS
Desenhos: Mitacq.
Publicado em "Spirou", de 1954 a 1979. Álbuns Dupuis.
Além dos álbuns "standard" mencionados por "Hop!", esses títulos foram editados igualmente na coleção "Tout Mitacq".

ROSINE PETITE FILLE MODELE
Desenhos: Martial.
73 pranchas publicadas em "Pistolin", de 1955 a 1958.

LES GRANDS NOMS DE L'HISTOIRE DE FRANCE
72 histórias completas de 4 pranchas publicadas em "Pistolin", de 1955 a 1958.  
Ilustradas por Antonio Parras, Gal, Pierre Dupuis, Jean Le Moing, Albert Uderzo, Eddy Paape, Pierre Le Goff, José-Maria Bielsa, Claude-Henri Juillard e Edmundo Marculeta.

JEAN MERMOZ CHEVALIER DU CIEL
Desenhos: Victor Hubinon.
Publicado em"Spirou", de 1955 a 1956. Álbuns Dupuis. (Reedição em novembro de 1990 na coleção "Figures de proue").

ANDRÉ LEFORT
Desenhos: Eddy Paape.
Publicado em "Risque-Tout", em 1956.

LE NEVEU DE D'ARTAGNAN
Desenhos: Albert Uderzo.
Fascículo "Milliat Frères", de 3 pranchas, publicado em 1956.

LES AVENTURES DE JIM FLOKERS
Desenhos: Albert Uderzo.
"La diligence de Santa Fé", álbum Corn Flakes publicado em 1956 (texto ilustrado em quadrinhos a cores). Uma adaptação em HQ era prevista visto que nós encontramos a primeira prancha na maquete do nº 0 de "Pilote".

BANJO 3 NE REPOND PLUS
Desenhos: Albert Uderzo.
Uma página dupla no "Supplément illustré" nº 0, em 1956.

LA VERITABLE HISTOIRE DE D'ARTAGNAN
Desenhos: Jijé.
Uma página dupla no "Supplément illustré" nº 0, em 1956.

CLAIRETTE
Desenhos: Albert Uderzo.
Uma página dupla no "Supplément illustré" nº 0, em 1956, em seguida, 68 pranchas em "Paris Flirt", de 1957 a 1958.

THIERRY LE CHEVALIER
Desenhos: Carlos Laffond.
Publicado em "Spirou", de 1957 a 1961.

MARC DACIER
Desenhos: Eddy Paape.
Publicado em "Spirou", de 1958 a 1967. Álbuns Dupuis.

TANGUY ET LAVERDURE
Desenhos: Albert Uderzo.
Publicado em "Pilote", de 1959 a 1966. Álbuns Dargaud.
Participação de Marcel Uderzo e Jean Giraud no último episódio desenhado por Albert Uderzo, "Les pirates du ciel".
Desenhos: Jijé.
Publicado em "Pilote", de 1966 a 1971, em "Tintin", em 1973, e em "Super As", em 1979. Álbuns Dargaud.
Jijé foi auxiliado no primeiro álbum, "Mission spéciale", por Albert Uderzo, em seguida por Daniel Chauvin (7 volumes) e por Patrice Serres (1 volume).
Desenhos: Patrice Serres.
Publicado em "Le Pélerin", de 1981 a 1984. Álbuns Novedi/Dupuis.
Desenhos: Alexandre Coutelis.
Publicado em "Moustique Junior", em 1988. Álbuns Novedi/Dupuis.

BARBE ROUGE
Desenhos: Victor Hubinon.
Publicado em "Pilote", de 1959 a 1973. Álbuns Dargaud.
Participação de Eddy Paape (2 álbuns), de Jijé e Eddy Paape (1 álbum). "Le vaisseau de l'enfer" foi concluído por Gilles Chaillet, 1974.
Desenhos: Jijé e Lorg.
Publicado em "Super As", em 1979. Álbuns Novedi/Dupuis.
"Les disparus du "Faucon Noir"", 46 páginas, das quais 38 desenhadas por Christian Gaty, 1982.
Desenhos: Christian Gaty.
N.C.: "Pirates em mer des Indes", Alpen, 1991, depois Dargaud, concluído por Jean Ollivier.
Desenhos: Patrice Pellerin.
Álbuns Novedi/Dupuis, de 1983 a 1988.
Atualmente alguns álbuns são publicados sob a marca Novedi (copyright Dupuis), foram reeditados os números 7 e 8 de "L'Intégrale de Barbe Rouge" pela Dupuis, depois pela Dargaud.

JACQUES LE GALL
Desenhos: Mitacq.
Publicado em "Pilote", de 1959 a 1967. Álbuns Dupuis.
A série foi reeditada na coleção "Tout Mitacq", volumes 13 e 14.

DAN COOPER
Desenhos: Albert Weinberg.
Publicado em "Tintin", de 1960 a 1962. Álbuns Lombard.

SIMBA LEE
Desenhos: Herbert.
Publicado em "Spirou", de 1960 a 1961.

GUY LEBLEU
Desenhos: Raymond Poïvet.
Publicado em "Pilote", de 1961 a 1967.
Dois dos episódios em álbuns pela Glénat.

NED TIJER
Desenhos: Eddy Paape.
Publicado em "Record", em 1962.

LIEUTENANT BLUEBERRY
Desenhos: Jean Giraud.
Publicado em "Pilote", de 1963 a 1973, em "Tintin", em 1975, em "Super As", de 1979 a 1980, em "L'Echo des Savanes", em 1981, e em "Libération", em 1986. Álbuns Dargaud e Novedi/Dupuis.
“Fort Navajo” – 46 pranchas
“Poisson d’avril” – 1 prancha
“Tonnere à l’Ouest” – 46 p. – participação de Jijé
“L’Aigle solitaire” - 46 p.
“Le Cavalier perdu” - 46 p. - participação de Jijé
“La Piste des Navajos” – 46 p.
“L’Homme à l’étoile d’argent” – 47 p.
“Le Cheval de fer” – 46 p.
“L’Homme au poing d’acier” – 46 p.
“La Piste des Sioux” – 46 p.
“Le Général «Tête Jaune»” – 48 p.
“La Mine de l’Allemandu perdu” – 46 p.
“Le Spectre aux balles d’or” – 52 p.
“Chihuahua Pearl” – 46 p.
“L’Homme qui valait 500.000 $” – 46 p.
“Ballade pour um cercueil” – 62 p.
“Le Hors-la-loi” – 44 p.
“Angel Face” – 46 p. – 10 pranchas foram escritas por Jean Giraud
“Nez Cassé” – 47 p.
“La Longue Marche” – 46 p. – participação de Michel Rouge. Reeditado na coleção Repérages
“La Tribu fantôme” – 46 p. - reeditado na coleção Repérages
“La Dernière carte” – 46 p. - reeditado na coleção Repérages
“Le Bout de la piste” – 46 p. - reeditado na coleção Repérages
“Arizona Love” – 56 p. – lançamento em “France Soir” (2) em 1990, álbum Alpen saído em 1990. Reeditado por Dargaud em 1993. Roteiro terminado e revisado por Jean Giraud.
N.C.: 1) 23 álbuns e "Poisson d'avril", história com uma página. 2) “France Soir”: jornal francês com circulação nacional.

LES AVENTURES DE MARCO POLO
Desenhos: Pierre Ramboux, roteiro escrito com Octave Joly.
Publicado em "Spirou", em 1964.

LA JEUNESSE DE TANGUY ET LAVERDURE
Desenhos: Jijé, assistido por Daniel Chauvin.
Publicado em "Super Pocket Pilote", de 1968 a 1970. Álbuns Novedi/Dupuis.

LA JEUNESSE DE BLUEBERRY
Desenhos: de Jean Giraud.
Publicado em "Super Pocket Pilote", de 1968 a 1970. Álbuns Dargaud.
“Le Secret de Blueberry” – 16 pranchas
“Le Pont de Chattanooga” – 16 p.
“3000 mustangs” – 16 p.
“Chevauchée vers la mort” – 16 p.
“Chasse à l’homme” – 32 p.
“Private M.S. Blueberry” – 16 p.
“Double jeu” – 16 p.

Desenhos de Colin Wilson.
Publicado em "France Soir", de 1985 a 1987. Álbuns Novedi/Dupuis.
“Les Démons du Missouri” – 46 p. - reeditado na coleção Repérages
“Terreur sur le Kansas” – 46 p. - reeditado na coleção Repérages
“Le Raid infernal” – 46 p. – álbum Novedi em 1990, roteiro terminado por François Corteggiani. Reeditado na coleção Repérages

LA JEUNESSE DE BARBE ROUGE
Desenhos: Victor Hubinon.
Publicado em "Super Pocket Pilote", de 1968 a 1969; reeditado no álbum Dargaud: "Le jeune capitaine".

BRICE BOLT
Desenhos: Arturo Aldoma Puig.
Publicado em "Spirou", de 1970 a 1972. Álbuns Dupuis.

LA BROUETTE LUNAIRE
Desenhos: Jean-Louis Goussé.
Uma prancha publicada em "Pilote", em 1971.

CATCH 22
Desenhos: Gibo.
Duas pranchas publicadas em "Pilote", em 1971.

LA PUB SAIGNANTE
Desenhos: Florenci Clavé.
Uma prancha publicada em "Pilote", em 1971.

HALTE AUX MAUVAISES BD
Desenhos: Alexis.
6 pranchas publicadas em "Pilote Annuel", em 1971.

JIM CUTLASS
Desenhos: Jean Giraud.
Publicado em "Pilote", em 1976, em seguida em "Métal Hurlant", em 1979. Álbuns Casterman.
"Mississipi River" - 60 pranchas.
Desenhos: Christian Rossi.
Publicado em "A Suivre" nº 150 (07/1990) a 153 (11/1990). Álbuns Casterman, em 1991.
Roteiro terminado e revisado por Jean Giraud e Christian Rossi.
"L'homme de la Nouvelle Orleans" 
- 58 pranchas
N.C.: a série foi prosseguida por Giraud (textos) e Rossi (desenhos).

MICHEL BRAZIER
Desenhos: André Chéret.
46 pranchas publicadas em "Spirou", em 1979.

LES GRINGOS
Desenhos: Victor de La Fuente.
Publicado em"Super As", de 1979 a 1980. Álbuns Fleurus, em seguida Alpen/Dargaud.
"Viva Adelita!" - 46 pranchas. Roteiro terminado por Guy Vidal.
N.C.: a série foi prosseguida por Vidal (textos) e La Fuente (desenhos).JOE LA

1927 NEW YORK - PARIS... SANS ESCALE
Desenhos: Christian Gaty.
5 pranchas publicadas em "Tintin", em 1977.

EN ROUTE VERS LE FUTUR
Desenhos: Francis Bergèse.
4 pranchas - álbum publicitário para Total, em 1985.

CHUCK DOUGHERTY LE PRIVE
Desenhos: Alexandre Coutelis.
Publicado em "L'Echo des Savanes", de 1985 a 1986.

RON CLARKE
Desenhos: Jacques Armand.
Publicado em "Opaki" nº 429 (01/10/1989) a 434 (15/12/1989). Álbum Alpen, em 1991, a última página da história, "Le tigre de mer", foi escrita por Jacques Armand.
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PARA UMA BIBLIOGRAFIA MAIS DETALHADA, CONSULTAR O Nº 44 DE HOP!


N. C.: Agradecimentos do autor a Christine e Philippe Charlier, esposa e filho de Jean-Michel Charlier; a Martine Ulmann; a Valérie Straus, do Musée de l’Air et de l’Espace – Aéroport du Bourget; a todos os coautores (e a suas famílias) de Jean-Michel Charlier e igualmente a seus editores; a François Defaye, Gilles Ratier (e a revista “Hop” nº 44; Gilles Ratier é o autor da bibliografia figurante no fim desse álbum), Henri Filippini, Jean Léturgie (e “Les Cahiers de la Bande Dessinée” nº 37, éditions Glénat), Luc Delisse, Benoît Peeters (e sua obra “Autour du scénario”, editada por “La revue de l’Université de Bruxelles”), Marie-Ange Guillaume (autora de um “Goscinny” pela Seghers), Patrick Gaumer (coredator do “Dictionnaire de la B.D.” pela Larousse) e Claude Gendrot (das Éditions Dupuis). E também ao Studio Dargaud por sua paciência e ao setor de produção por seu senso de acrobacia.


Guy Vidal, roteirista e antigo redator-chefe de "Pilote", de 1973 a 1981, atualmente diretor literário das edições Dargaud,
foi um dos colaboradores de Jean-Michel Charlier.

Um de seus motivos de orgulho é de ter se tornado, também, o amigo.


N. C.: Página de guarda: Caricatura de Jean-Michel 
Charlier feita por Albert Uderzo.


Contracapa.

Contracapa: Texto do rodapé da imagem:

O desenho acima, capa do nº 37 de "Cahiers de la bande dessinée", que nós reproduzimos com a amável autorização das edições Glénat, foi realizado por alguns dos mais prestigiosos coautores de Jean-Michel Charlier: Jean Giraud, Victor Hubinon, Joseph Gillain, Michel Tacq.

N. C.: Diversos personagens da capa e outros, entre os quais Jimmy Mc Clure e Tiger Joe, na entrega de uma máquina de escrever em ouro 18 quilates para o "papai" Charlier - e o texto:

De 1946 a nossos dias, Jean-Michel Charlier foi um dos principais artífices da "festa" histórias em quadrinhos. 
Jornalista e homem de televisão, ele também é o roteirista de uma inverossímil série de histórias de sucesso, de Buck Danny a Barbe Rouge, passando por Michel Tanguy, Guy Lebleu, Jean Valhardi, La Patrouille des Castors, Jacques Le Gall, Jim Cutlass, Blueberry, etc. Esse álbum traça as grandes linhas de sua luminosa trajetória.


Jean-Michel Charlier, un réacteur sous la plume © Guy Vidal, Dargaud Éditeur 1995


Ficha técnica

“Jean-Michel Charlier, Un Réacteur sous la Plume”
(“Jean-Michel Charlier, Um Reator Sob a Pena”)
A vida e a obra de Jean-Michel Charlier, o mais renomado roteirista europeu de história em quadrinhos. A infância na Bélgica, os enredos e os desenhos da adolescência, o ingresso na escola de aviação civil, o casamento com Christine, o trabalho na televisão, a amizade com René Goscinny e Albert Uderzo, a fundação da revista “Pilote” e a criação de vários personagens famosos da Bande Dessinée. Entrevistas e participações de Jean-Michel Charlier, Christine Charlier, Philippe Charlier, Jijé, Albert Uderzo, Greg, Cabu, Jean Roba e Jean Giraud.
Textos: Guy Vidal.
Desenhos: diversos autores.
Capa: Jean-Michel Charlier em um aeroporto, sobre, literalmente, uma de suas pistas; ao fundo, em alto relevo prateado, o seu rosto, desenhado, e aqueles de alguns de seus personagens (Les Chevaliers du ciel – Laverdure et Tanguy -, Jim Cutlass, Blueberry, Buck Danny, Guy Lebleu, La Patrouille des Castors, Les Gringos – Pete & Chett -, Jean Valhardi, Jacques Le Gall, Barbe Rouge).
Página de guarda: caricatura de Charlier feita por Albert Uderzo.
Ilustrações e fotografias: em preto e branco e em cores.
Diversas fotografias de Charlier: com sua velha e fecunda máquina de escrever; em eventos de autógrafos e dedicatórias; com Christine Charlier; entrevistando, para a televisão, o filho do Xá do Irã; escrevendo durante uma viagem turística; aos 16 anos, um estudante magro diante do retrato do Rei Léopold, da Bélgica; com Christian Marin (Laverdure), Georges Daugaud e um grupo de admiradoras; encostado em um de seus companheiros: o avião; com Goscinny, Sempé e Uderzo durante a visita à Paris de clientes africanos; com Albert Uderzo, René Goscinny e Jean Hébrard, o proprietário da EdiFrance; com aeromodelos; a equipe de "Pilote"; junto a Uderzo, Georges Dargaud, Michel Venet, Gerard Pradal e Goscinny; com Gambu, Christine Charlier, Albert e Ada Uderzo; sorridente entre Albert Uderzo e René Goscinny – Os Bons Companheiros; com Giraud; em visita a uma usina nos Estados Unidos, juntamente com Jaques Gambu; rindo com Uderzo e segurando um pequeno caça; seção de autógrafos, no lançamento do filme "Les Chevaliers du Ciel. Les Aventures de Tanguy et Laverdure", com os atores Christian Marin e Jacques Santi; igualmente com Hubinon; Jean-Michel Charlier, Diretor Literário das edições Dargaud; segurando rolos de filmes e fumando charuto; e no estúdio de televisão.
Data de lançamento: 4 de fevereiro de 1995.
Número de páginas: 49.
Gênero: Outro olhar.
Preço: 11,99 €.
Formato: 22,5X29,8 cm.
Público: adolescente e adulto – a partir de 12 anos.
Páginas: 56, incluindo capa e contracapa.
“Jean-Michel Charlier. Un Réacteur sous la plume” foi editado por ocasião da exposição dedicada a Jean-Michel Charlier.
Produção: Salon International de la Bande Dessinée Angoulême Musée de l’Art et de l’Espace Aéroport du Bourget. Com a participação do Centre National de la Bande Dessinée et de l’Image.
Direção Artística: Claude Gemignani.
Maquete: Gilles Piet.
Dargaud Éditeur, Paris, França, 1995.


Fontes das imagens: Amazon: Capa; Afrânio Braga: página de guarda e parte de sua BBteca; BDcouvertes: Jean-Michel Charlier (página 5) e Charlier adolescente (página 10); Biocharlier: Charlier (página 6); Bedetheque: página 7, Charlier e a televisão (página 40) e contracapa; BDnet: página 11; Aeroplanete: Victor Hubinon (página 14); Auracan: Charlier encostado em um avião (página 15), Charlier e Uderzo (página 30); BDgest: Goscinny, Sempé, Uderzo e Charlier com clientes africanos em Paris (página 16), Sempé, Goscinny, Uderzo e Charlier (páginas 18 e 19); BD-sanctuary: capa de “Jean Valhardi” (página 17); Artvalue: desenho de “La Patrouille des Castors” (página 17); BDzoom: “Clairette” (página 20), “Jim Flokers” (página 21); Le blog du journal Pilote: “Marc Laurent” (página 20), Equipe de “Pilote” nº “0” (página 24); jmcharlier.com: “La véritable histoire de D’Artagnan” (página 21), capa do livro “Stavisky, les secrets do scandale” de “Les dossiers noirs” (página 41); Lectraymond: “Les Pirates” (página 21); BDoubliées: capa de “Pilote” com Johnny Hallyday (páginas 24 e 25); Lemondecollectionne: “Le Démon des Caraïbes” sonorizado (página 25); Balavie: “Le Démon des Caraïbes” (página 27); France5: Uderzo, Charlier e Goscinny (página 28); Live2times: Charlier e Giraud (página 28); Dargaud: Blueberry (página 29), “A Juventude de Blueberry” (página 34), página 32; BDkrinein: capa de “Pilote” nº 210, 31/10/1963 (página 30); Encyclopedisque: “Les Chevaliers du ciel”, Christian Marin (Laverdure) e Jacques Santi (Tanguy); Comic-historietas: Giraud e Charlier (página 34); Delcampe: capa de “Pilote” nº 300 (página 37); Coinbd: extrato de “Jim Cutlass” nº 1 (página 43); Planeteairfree: “Buck Danny” (página 43).


“Jean-Michel Charlier, Un réacteur sous la plume”, o livro 
do centro, em parte de minha BBteca/gibiteca.


Formado em Direito, amante da aviação e da história em quadrinhos, Charlier se tornou "pilote" de linhas aéreas e o mais famoso roteirista de "bande dessinée" francófona. Voar é necessário; viver, escrever, ler e sonhar também é necessário.

Jean-Michel Charlier, advogado por bacharelato, piloto por profissão, roteirista por paixão.

Michel, como era chamado, desde a adolescência, pelos mais íntimos, faleceu cedo, aos 65 anos, todavia, os seus notórios personagens viverão muito tempo, entretendo milhões de pessoas de várias gerações – é a sua herança para os aficionados da arte sequencial.

Terra, ar, água e fogo estão em suas narrativas: terras da Fronteira em "Blueberry" e "Jim Cutlass"; ar, e nuvens, em "Buck Danny" e "Les Chevaliers du ciel"; águas, de rios e dos sete mares, respectivamente, em "La Patrouille des Castors" e "Barbe Rouge", e fogo em "Grands noms de l’Histoire de France" e "Tarawa, atoll sanglant". Aventuras pelo mundo inteiro: do Velho Oeste às florestas tropicais; do Mar das Caraíbas aos desertos da África e do Oriente Médio.

Christine, a esposa de Jean-Michel Charlier, foi perfeita ao afirmar que o seu marido estava uma dezena de anos adiante do desenrolar dos acontecimentos. Ela estava certa. Gênio da televisão francesa e da literatura mundial, Charlier teve as suas obras publicadas em diversos países dos cinco continentes.

Jean-Michel Charlier, um contador de histórias, um cavaleiro do céu.


Afrânio Braga




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